Com: Felícia de Castro
Quando: De 15 de março a 14 de junho, às quartas-feiras, das 19h às 21h
Quanto: R$ 270 (mensal) e R$ 75 (aula avulsa)
Inscrições: Em https://bit.ly/teatrodeterra
Público-alvo: Pessoas a partir de 18 anos
Sobre a oficina: Reúne conteúdos de arte, magia, ativismo, brasilidades e performance, desenvolvidos pela artista Felícia de Castro. O curso começou em 2020, na versão online, com o desejo de uma investigação permanente, aberta e não-linear, e agora se abre também à versão presencial. As aulas são práticas, movendo a energia, a voz e o corpo sensível, tendo como eixos a dança, o prazer, o riso sagrado, o encontro e a escuta do campo sensível. “Eu gosto de lembrar que o teatro, em sua origem, é canto, dança, brincadeira e rito, e que, assim, a arte é essencialmente ligada à medicina. Criar é curar. Curar é criar”, conta Felícia. Para além do produtivismo doentio e sentido utilitário (Krenak), é urgente o reencantamento. É urgente acessar, através do corpo em atitude criativa, as dimensões do sensível, sensorial, sensual e sexual. Em cada encontro, são aprofundados conteúdos que são lastros de investigações desenvolvidas por Felícia há mais de 20 anos: criação, dança genuína, vulnerabilidade, conexão humana, escuta profunda, organicidade e encontro, comicidade, tragicômico e expressão do grotesco, riso sagrado, voz no corpo, criação com a voz no corpo, canto e verticalidade+impulsos, mitologias, dilatação da presença, a dança das emoções, arte-ritual, Dança Butoh, danças brasileiras. O princípio é estar em movimento e em contato íntimo com a essência criadora: aquela que mantém a pulsão de vida.
Sobre Felícia de Castro: Artista-pesquisadora, bacharel e mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Começou sua carreira em 1994 ao ingressar na graduação em Interpretação Teatral na Escola de Teatro da UFBA e consolidou sua formação através de diversos cursos ao longo dos anos com os grupos Odin Teatret (Dinamarca), Lume Teatro (São Paulo) e Piollin (Paraíba). Agregou em seu caminho artístico vivências espirituais, terapêuticas, antropológicas e culturais, como experiências no Recôncavo Baiano e no Cariri cearense. A palhaçaria foi divisora de águas em sua vida pessoal e artística. A iniciação e trajetória na palhaçaria foi tema do documentário-ficção “Ridículos” (Paula Lice, Ronei Jorge, Rodrigo Luna, 2015). Sua primeira experiência no cinema foi em “Central do Brasil” (Walter Salles, 1998), em uma cena com Fernanda Montenegro, e a mais recente foi em “Fundo do Céu” (Matheus Vianna, 2019), na qual ganhou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Inhapim Cine Festival. Em processos criativos, experimentou no próprio corpo o encontro e a alquimia de toda pluralidade de formações e vivências, descobrindo caminhos autênticos e compartilhando esses saberes em cursos, vivências, assessorias e espetáculos cênicos. Vivenciou e vivencia com paixão o conteúdo de diversas culturas brasileiras que remontam à origem viva, ritualística e curativa do teatro. Seus fazeres tocam a dança, os cantos, o trabalho físico profundo, a transcendência, o estado de presença, a exposição/aceitação de si e a pesquisa vocal. Criou os espetáculos “Rosário” e “Tudo Que Você Precisa É Amor”, a jornada ““O Riso Que Habita o Ventre da Terra”, o curso “Estados Criativos – O Canto do Corpo Tragicômico”, entre outros. Ganhou o prêmio de melhor atriz, junto com Flavia Marco, pelo espetáculo “Jardim”, no XII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (CE). Dirigiu os espetáculos “S/TÍTULO – A Hora em Que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros” (assistência de direção e cocriação com o Balé Teatro Castro Alves e Nehle Franke, Bahia, 2008), “Chuva” (Ponto de Cultura Galpão do Riso – Universidade Federal de Brasília, Distrito Federal, 2013), “Santa Maravilha Recebe – Entrevistas Performágicas” (em parceria com Paula Lice, Bahia, 2018), “Assaga” (em parceria com Marisa Riso, São Paulo, 2021) e “EuVira” (em parceria com Naia Pratta e Matheus Vianna, Bahia-São Paulo, 2021).