O Território Sirius estreia o espetáculo “Minha mãe e eu, e a mãe da minha mãe”, nova montagem teatral do autor, ator e diretor Fabio Vidal. Nesta encenação, o artista traz para a cena a sua mãe Rosvanda Melo e as lembranças de sua avó Agostinha para falar sobre memórias, cuidados e etarismo, refletindo sobre o Brasil pela ótica de uma mulher octagenária.
Neste trabalho, Fabio Vidal se debruça sobre particularidades da vida cotidiana de um Brasil nordestino – feminino. Uma cena pautada na contação de histórias desenvolvida por uma pessoa que não é atriz profissional e é conduzida na cena por ele, que cria um arcabouço dramatúrgico de envolvimento público, conduzindo para a centralidade da cena as falas, histórias e expressividades artísticas distintas (que envolvem o teatro, canto, a dança, a arte têxtil, a arte culinária e a jardinagem) de Rosvanda, a protagonista.
Em “Minha mãe e eu, e a mãe da minha mãe”, é criado espaço de protagonismo às experiências e vivência desta mulher de 80 anos. Que narra também sobre sua vivência como cuidadora familiar de sua mãe, Agostinha, falecida aos 80 anos vitimada pela Doença de Alzheimer.
Apesar do apagamento causado pela doença neurodegenerativa, ressalta-se a memória. A abordagem desta enfermidade é trazida por um viés afetuoso, demonstrado pelos cuidados de uma filha cuidadora. Revela-se uma história de amor, sororidade e parceria entre duas mulheres que se acompanharam por mais de 70 anos. Demonstrações de uma política de cuidado, de uma ação-atitude culturalmente assumida por mulheres em uma sociedade patriarcal.
Narrativas (auto)biográficas e suas “escrevivências” são reconhecidas como ferramentas potentes para a compreensão de formações coletivas, desvelando questões culturais e comportamentais através de narrativas de mulheres, que se relacionam a um conjunto de saberes-conhecimentos que tecem uma história e são dispositivos potentes de autoconhecimento e compreensão da sociedade em que vivemos.
O espetáculo busca um outro olhar sobre o envelhecimento, provocando questionamentos sobre o que é obsoleto na vida, estabelecendo um discurso de alteridade e reinvenção de si. Reforça uma política de afeto, fundamentada na prática do autocuidado, como condição para cuidar do outro.
O projeto é uma realização do Território Sirius em parceria com a Multi Planejamento Cultural. Foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Minha mãe e eu, e a mãe da minha mãe
Quando: 2, 3, 9 e 10 de novembro de 2024 (sábados e domingos), 19h
É proibida a entrada após o início do espetáculo
Onde: Teatro Cambará da Casa Rosa
(Praça Colombo, 106 – Rio Vermelho – Salvador, Bahia)
Quanto: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia)
Vendas antecipadas pela Sympla: https://linktr.ee/casarosasalvador
Classificação indicativa: 14 anos
MEIA-ENTRADA
A Casa Rosa cumpre a Lei Federal 12.933/2013, a Lei Municipal 9.763/2023 e a Lei Estadual 14.765/2024, que dispõem sobre o benefício do pagamento de meia-entrada.
>> A concessão da meia-entrada é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para cada evento
>> A comprovação do benefício de meia-entrada é obrigatória, através de documentos específicos, regulamentados e insubstituíveis
>> A comprovação deverá ser feita no momento de entrada no dia do evento
>> Quem adquiriu meia-entrada e não tiver a comprovação devida deverá fazer a complementação do valor para inteira para ter acesso ao evento; isto poderá ser feito no dia do evento, na bilheteria do local
Os públicos beneficiados são:
- Estudantes: apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE)
- Idosos maiores de 60 anos: apresentar documento de identificação oficial com foto
- Pessoas com deficiência: apresentar Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da pessoa com deficiência ou documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos, junto com documento de identificação oficial com foto
- Jovens de baixa renda (pessoas com idade entre 15 e 29 anos que pertencem a família com renda mensal de até dois salários mínimos, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CADÚNICO): apresentar Carteira de Identidade Jovem emitida pela Secretaria Nacional de Juventude, junto com documento de identificação oficial com foto
- Professores, coordenadores pedagógicos e titulares de cargos do quadro de apoio da rede de ensino da Bahia, ativos e aposentados: apresentar carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de seu município, pela Secretaria Estadual da Educação, pelo Ministério da Educação ou holerite do profissional da educação, emitido pela instituição de ensino, acompanhado de documento de identificação com foto.